quinta-feira, 26 de maio de 2011

UBUNTU (ditado sul africano*)

Um antropólogo estava estudando os usos e costumes da tribo e, quando terminou seu trabalho, teve que esperar pelo transporte que o levaria até o aeroporto de volta pra casa. Sobrava muito tempo e então ele propôs uma brincadeira para as crianças:

Comprou uma porção de doces e guloseimas na cidade, inseriu tudo em um cesto bem bonito com laço de fita e tudo e colocou debaixo de uma árvore. Chamou as crianças e combinou que quando ele dissesse "já!", elas deveriam sair correndo até o cesto e a que chegasse primeiro ganharia todos os doces que estavam lá dentro.

As crianças se posicionaram na linha demarcatória que ele desenhou no chão e esperaram pelo sinal combinado. Quando ele disse "Já!" instantaneamente todas as crianças se deram as mãos e saíram correndo em direção à árvore com o cesto.

Chegando lá, começaram a distribuir os doces entre si e a comeram felizes.

O antropólogo foi ao encontro delas e perguntou por que elas foram todas juntas se uma só poderia ficar com tudo que havia no cesto e, assim, ganhar muito mais doces. Elas simplesmente responderam:

- "Ubuntu, tio. Como uma de nós poderia ficar feliz se todas as outras estivessem tristes?"


Ubuntu significa: “Sou quem sou, por quem somos todos nós”.
Ubuntu é uma antiga palavra Africana, cujo significado é: "Humanidade para todos".
Ubuntu também quer dizer "Eu sou o que sou devido ao que todos nós somos".


*texto reproduzido

domingo, 22 de maio de 2011

O que as mulheres desejam acima de tudo? (Gawain e Lady Regnell)

Um dia, o rei Artur estava caçando um grande veado branco nas cercanias do bosque de carvalhos quando ergueu os olhos e se viu confrontado por um chefe guerreiro alto forte, brandindo a espada e dando a impressão de que ia abater o rei ali mesmo. Este homem era Groiner, que disse estar querendo vingar-se pela perda de parte de suas terras ao norte para Artur. Como Artur estava desarmado, Sir Gromer demonstrou compaixão e deu ao rei uma chance de salvar sua vida.

Gromer lançou um desafio: o rei tinha um ano para voltar desarmado àquele lugar com a resposta para a pergunta: O que as mulheres desejam acima de tudo?

Se Artur respondesse à pergunta corretamente, sua vida seria poupada; caso contrário, sua cabeça seria cortada.



Quase um ano se passou e Artur e Gawain reuniram muitas respostas, mas nenhuma soava verdadeira. O dia marcado estava se aproximando, e numa manhã Artur saiu cavalgando sozinho no meio das urzes roxas e dos tojos dourados, totalmente absorto em seus problemas. Ao aproximar-se do bosque de carvalhos, viu-se subitamente diante de uma mulher grande e grotesca, coberta de verrugas e quase tão larga quanto alta.


Os olhos dela o contemplaram destemidamente e ela declarou:
— O senhor é Artur, o rei, e dentro de dois dias terá que se encontrar com Sir Gromer com uma resposta para uma pergunta.

— É verdade — respondeu Artur hesitante —, mas como é que sabe disso?

— Eu sou Lady Ragnell e Sir Gromer é meu meio-irmão. O senhor não sabe a resposta certa, sabe?

— Tenho muitas respostas, e não sei o que a senhora tem a ver com isto — respondeu Artur, puxando as rédeas para se virar e voltar para casa.

— O senhor não sabe a resposta certa — disse Ragnell com uma confiança que deixou Artur desanimado. — Eu tenho a resposta.

Artur virou-se e saltou do cavalo.
— Diga-me a resposta e eu lhe darei um saco cheio de ouro.


— Não preciso de seu ouro - respondeu Ragnell calmamente.
— Bobagem, mulher, você poderá comprar o que quiser com ele! O que você quer, então? Jóias? Terras? O que quiser eu pagarei. Isto é, se você souber a resposta certa.

— Eu sei a resposta. Isto eu posso garantir — respondeu Ragnell. Após uma pequena pausa, ela acrescentou: — Em troca, exijo que Sir Gawain se torne meu marido.

Artur abriu a boca de espanto.
— Impossível! — gritou. — Você pede o impossível, mulher. Eu não posso dar-lhe o meu sobrinho. Ele é dono de si mesmo, não pertence a mim para que eu o dê.

— Eu não pedi ao senhor que me desse o cavaleiro Gawain. Se Gawain concordar em se casar comigo por livre e espontânea vontade, então eu lhe direi a resposta. São estas as minhas condições.

— Condições! Que direito você tem de estabelecer condições para mim é impossível! Eu jamais poderia apresentar esta proposta para ele.

Ragnell ficou olhando calmamente para o rei e disse apenas:

— Se mudar de idéia, estarei aqui amanhã. — E desapareceu no bosque.

Abalado com aquele estranho encontro, Artur cavalgou lentamente de volta para casa pensando consigo mesmo que jamais poderia falar daquele assunto com Gawain. Aquela mulher repugnante! Como ousava pedir para se casar com o melhor dos cavaleiros! Mas o ar da tarde estava ameno e o encontro fatídico com Gromer deixou Artur impressionado. Ao retornar ao castelo, Artur viu-se contando ao sobrinho sobre sua aventura, e concluiu:
— Ela sabe a resposta, eu tenho certeza disso, mas eu não pretendia contar nada a você.

Gawain sorriu docemente, sem saber ainda qual era a proposta de Ragnell.
— Mas esta é uma boa notícia, tio. Por que o senhor está tão desanimado?

Evitando encarar o sobrinho, o rei contou qual era a exigência de Ragnell, junto com uma descrição detalhada de seu rosto grotesco, de sua pele cheia de verrugas e seu tamanho avantajado.

— Que bom que eu posso salvar a sua vida! — respondeu Gawain imediatamente. Sem dar ouvidos aos protestos do tio, Gawain declarou: — É minha escolha e minha decisão. Vou voltar lá com o senhor amanhã e concordar com o casamento, desde que a resposta dela salve a sua vida.

Bem cedo na manhã seguinte Gawain saiu a cavalo com Artur para encontrar Lady Ragnell. Mesmo vendo-a cara a cara, Gawain manteve-se inabalável em sua decisão. A proposta dela foi aceita e Gawain fez uma reverência graciosa para ela.

— Se amanhã a sua resposta salvar a vida do rei, nós nos casaremos.

Na manhã fatídica, Gawain cavalgou até metade do caminho com Artur, que assegurou ao cavaleiro que iria tentar todas as outras respostas primeiro. O guerreiro alto e forte estava esperando por Artur, com sua espada brilhando ao sol. À medida que Artur ia recitando uma resposta depois da outra, Gromer gritava:

— Não! Não! Não! — até que finalmente ele ergueu a espada acima da cabeça.

— Espere! — gritou o rei. — Eu tenho mais uma resposta. O que uma mulher deseja acima de tudo é o poder de soberania, o direito de exercer o seu livre-arbítrio.

Com uma imprecação de raiva, Gromer jogou a espada no chão.
— Você não descobriu a resposta sozinho! Minha maldita meia-irmã foi quem lhe contou! Vou decepar a cabeça dela. Vou atravessá-la com a minha espada! — Virou-se e voltou para a floresta, deixando uma torrente de imprecações atrás de si.

Artur voltou para o local onde Gawain esperava junto de Lady Ragnell. Os três cavalgaram de volta para o castelo em silêncio. Só Ragnell parecia bem humorada. A notícia de que iria ocorrer um estranho casamento entre uma megera horrorosa e o magnífico Gawain espalhou-se rapidamente pelo castelo. Ninguém conseguia imaginar o que havia convencido Gawain a se casar com aquela criatura.

Alguns achavam que ela devia possuir grandes terras e propriedades. Outros acreditavam que ela devia ter usado alguma magia secreta. A maioria estava simplesmente estarrecida com o destino do pobre Gawain.

O rei Artur falou reservadamente com o sobrinho.
— Nós poderíamos propor um adiamento — disse ele.
— Dei a ela a minha palavra, tio. O senhor gostaria que eu quebrasse uma promessa? — respondeu Gawain.

Assim, o casamento aconteceu na abadia, e a estranha festa de casamento foi assistida por toda a corte. Durante todo aquele longo dia e aquela longa noite, Gawain permaneceu simpático e cortês. Não demonstrou nada além de uma atenção gentil para com a sua noiva.

Finalmente, o casal se retirou para os seus aposentos.
— Você se manteve fiel à sua promessa — observou Ragnell. —Você não demonstrou nem piedade nem repulsa para comigo. Agora que estamos casados, venha beijar-me.

Gawain se aproximou imediatamente dela e a beijou. Quando se afastou, viu diante de si uma linda e serena mulher, de olhos cinzentos e rosto sorridente. Seus cabelos se eriçaram com o choque, e ele deu um pulo para trás.

— Que espécie de feitiçaria é esta? Ragnell respondeu:

— Você me prefere assim? — lentamente deu uma volta em torno dele.

— É claro que sim, mas não compreendo — gaguejou Gawain, confuso e assustado.

— Meu meio-irmão, Gromer, sempre me detestou. Ele aprendeu truques de feitiçaria com a mãe dele e usou-os para me transformar numa megera horrorosa.

Ordenou que eu vivesse com este corpo até que o melhor cavaleiro da Bretanha me escolhesse como esposa.

— Mas por que ele a odiava tanto? - perguntou Gawain. Com um sorriso nos lábios, Ragnell respondeu:

— Ele me achava atrevida e pouco feminina, porque eu me recusava a aceitar as ordens dele, tanto em relação à minha propriedade quanto à minha pessoa.

Com grande admiração, Gawain disse:
— Então você conseguiu o impossível e o feitiço dele foi quebrado!

— Só em parte, meu querido Gawain. — Ela o encarou com firmeza. — Você pode escolher como eu vou ser. Você quer que eu fique assim, com o meu próprio corpo, à noite em nosso quarto? Ou me quer grotesca à noite no nosso quarto e com o meu próprio corpo de dia no castelo? Bonita de dia ou bonita à noite, pense bem antes de responder.

Gawain ajoelhou-se diante da noiva e respondeu imediatamente.
— Esta é uma escolha que eu não posso fazer. Diz respeito a você, minha querida Ragnell, e só você pode escolher. O que quer que você escolha, eu a apoiarei.

Ragnell soltou um longo suspiro. A alegria em seu rosto deixou-o encantado.
— Você respondeu bem, meu querido Gawain. Sua resposta quebrou completamente o feitiço de Gromer. A última condição que ele impôs foi que, depois do casamento, o maior dos cavaleiros da Bretanha, meu marido, deveria dar-me o poder do exercício da soberania, o direito de exercer o meu livre arbítrio.

Só então o terrível feitiço seria quebrado para sempre.

E assim, com muito encantamento e alegria, começou o casamento de Sir Gawain e Lady Ragnell.



Referência: Bruxas e Heróis - Uma abordagem feminista na terapia junguiana de casais. Polly Young-Eisendrath. (1995)

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Violência - Inata ou Adquirida?

E despertou um novo dia... Levantei cedo e liguei a televisão enquanto apreciava o meu café com leite amargo nos minutos que me restavam em casa. Porém, não bastando o amargo do café acrescentei ao meu dia as notícias da televisão.
Um canal falava sobre a nova droga do momento - Óxi, o outro sobre o escândalo na política brasileira e outro sobre a morte de um menino em SC que foi espancado. Sinceramente essa última notícia revirou o meu café, e por consequência o meu dia. Mas foi nela que eu foquei (mesmo tentando esquivar na consciência, o meu inconsciente não desfez as imagens).
Sortudos os que não ligaram a televisão neste mesmo dia, neste mesmo canal, e que não tiveram o desprazer de ver as cenas (mostradas sem cortes) chocantes da morte do rapaz.
E me veio aquela velha questão, o que determina um ser humano tomar essa atitude?
Tentei buscar os fatos na nossa história, pensei em culpar as doenças (muito mais fácil), achei que seria melhor pensar que se tratou apenas de loucura ou quem sabe tenha sido um aprendizado por algum modelo (jogos violentos quem sabe)?
Mas aí eu me lembrei de alguns detalhes, que em minha opinião, são os mais importantes e o que define um fato. O ato ocorreu por mais de 3 minutos, foram 5 adolescentes espancando um e ainda para finalizar o esfaquearam. Aos que não viram:
O ser humano tem o privilégio de ser o único ser com uma mente mais ‘’evoluída’’, a qual permite que este faça suas escolhas. Nosso cérebro, em uma explicação filogenética, é composto por 3 sistemas principais – Primitivo (herança dos répteis, representa a auto-preservação), Intermediário (conhecido como sistema límbico, responsável pelas emoções) e Superior (conhecido pelo neocortex e responsável por tarefas intelectuais).
Ou ainda, fazendo um paralelo com cérebro e psique. Nossa psique tem o formato de cebola (segundo Jung). Onde:
Independente das explicações técnicas gostaria de saber se a explicação para a violência está na ‘’camada’’ mais externa, no neocortex, onde a consciência prevalece, e os jovens no caso teriam premeditado e realizado o ato em plena consciência. Ou, se eles teriam sido tomados por forças das ‘’camadas’’ mais internas e com isso, exteriorizado uma série de Complexos armazenados?
Creio que, na mistura de alguns com seus Complexos e outros com o ato consciente de querer pertencer ao grupo e ser aceito, ocorreu uma contaminação nas idéias deste grupo e gerou uma obsessão coletiva – eliminando qualquer valor moral que já tenha ocorrido.
Se isto foi originado por fatores pré-existentes ou se foi agravado por fatores externos, ainda não podemos afirmar com a certeza e clareza. E o pior vem agora... O que fazer com estes adolescentes?
Será que tem o que fazer?
Quem sabe este não seja um tema para o próximo Post.
Infelizmente (ou felizmente) o ser humano não vem com um manual de instruções.

domingo, 15 de maio de 2011

Dançando com a Vida

É interessante como a vida impõe diferentes situações para os seres vivenciarem. E o mais fascinante é o quanto estes conseguem (na maior parte das vezes) superar e se fortalecer diante dos obstáculos.
A vida, para acontecer, já teve sua origem nas mudanças naturais: no clima, na evolução biológica, herança cultura, genética, social... Foi permitida em um mundo onde já existia a diversidade de locais: alguns com água, outros com terra, ar com oxigênio, sem oxigênio, iluminação do Sol, da Lua, na areia, na chuva, na neve... E assim por diante.
A vida surgiu na perfeição sincrônica do Universo. E é mantida nele por esse mesmo motivo.
Tanto que, aí faz sentido perceber o quanto o homem se organiza através da sincronia da Natureza – disposições das estrelas, dos planetas, as estações da Lua, estações climáticas... Tudo está inteiramente ligado com o ciclo da vida.
Nós, os resultados conscientes da Terra, fomos concebidos em um mundo de diversidades, onde é necessária a adaptação. Esse exemplo macro de diversidade reflete também nos exemplos micros do dia a dia - onde somos obrigados a se adaptar diante da dualidade diária, das condições que nos são impostas e que de alguma forma escolhemos.

O ser humano nasceu para amar, ser amado, sofrer, odiar, experimentar, relacionar-se, criar, inventar, mudar, aprender, provocar, ensinar – viver – e enfim morrer.
Vivenciar diversos tipos de sentimentos é saudável (se permitir). E aí fica a dica para aqueles que assistem a vida de um modo inerte e racionalizando todos os acontecimentos achando que é apenas o mundo e as pessoas que mudam.
-> Viver é incomodar! É dançar com os obstáculos.

“O mundo tal qual o entendemos hoje, é o resultado de uma quantidade de erros e de fantasias, que surgiram paulatinamente, durante toda a evolução dos seres orgânicos, que se soldaram uns aos outros e agora nos são transmitidos por herança como um tesouro acumulado do passado inteiro – como tesouro, pois o valor da nossa humanidade repousa sobre isso.”

F. Nietzsche

terça-feira, 10 de maio de 2011

Os Exageros da Vida

Impacto moral? Marketing? Cultura? Doença? O que Lady Gaga pretende deixar aos seres humanos desta Terra?
Olha, sei que existem muitas diversidades humanas, eu até mesmo acho belo o diferente, mas me conte... O que você pensa ao olhar a imagem abaixo?


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* Você pode visualizar também no clipe Born This Way:
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Fico imaginando as causas dessa ‘’deformação’’ da imagem humana.
Seria uma oposição tão grande ao tradicional e ao Ser Humano para transformar desta forma um corpo? Seria uma alma tão perturbada querendo se exteriorizar e pedindo um pouco de atenção? Talvez um Complexo se Personificando e dominando um Ego frágil? Ou também, uma forma de atrair o público com a estratégia de ousar e provocar o lado sombrio/proibido?
Gosto de pensar nas últimas duas hipóteses. Todos nós apresentamos, em nossa estrutura psíquica, os Complexos e eles se manifestam de diferentes formas. Mas afinal, o que são os Complexos?
Para Jung os Complexos são os caminhos que nos permitem chegar ao Inconsciente. São portadores de uma carga energética substancial. Eles se estruturam como entidades autônomas que foram alimentadas por um trauma, um choque emocional ou um conflito moral. Quando totalmente inconscientes atuam livremente e podem tomar o Ego.
Geralmente, aquelas situações em que ocorrem alterações da consciência e também comportamentais, sem motivo aparente, são manifestações da possessão do Complexo sobre o Ego.
Essa demonstração sem limites de onde se pode chegar é atrativa. Até onde a livre expressão pode alcançar? Penso que essa vontade (consciente ou inconsciente) de demonstrar-se diferente e único esteja dominando a consciência dos jovens a ponto destes ignorarem os limites do próprio corpo.
Tanto que, ao escutar e entender um pouco mais sobre a letra da música compreendi porque a Lady Gaga é uma das 25 pessoas mais influentes do mundo. Utilizando-se de questões que ''assombram'' a humanidade ela causa impacto e conquista seguidores afirmando que:
''Nascemos para ser assim''
''Nascemos perfeitos, porque Deus quis assim''
''Não existe como ser perfeito sem aceitar o mal que existe no interior de cada um''
''Estamos no caminho certo''.
E assim por diante...

sexta-feira, 6 de maio de 2011

A energia que emana

Impressionante como uma pessoa pode se contagiar com a energia da outra. Embora existam teorias e experiências científicas que comprovem a frase acima, ainda tem pessoas que não acreditam no próprio poder de mudança.
O Universo conspira na mesma sintonia. Quando digo Universo, é referente ao Universo de cada um. As pessoas ao redor, as matérias que nos cercam e o que refletimos no espelho do Outro.


Existem pessoas no meu ver, que possuem uma camada tão espessa de energia acumulada, que ela se torna rígida, impedindo que receba ou realize a troca. Com isso, fica estagnada e não consegue se movimentar e se ‘’conectar’’ de fato com outras pessoas. Visto que é necessário que ocorra uma troca para gerar então uma reação e em seguida um resultado. Com isso, determinando a tendência deste resultado ocorrer novamente.

Também existem casos em que a energia ‘’contamina’’ e se torna uma dominadora do Ego. Deixando todos os conteúdos inconscientes virem à tona e amputando qualquer tipo de pensamento consciente.
Lembro que uma vez assisti um documentário onde mostrava o impacto que uma gota da água sofre e o quanto este impacto reflete no conjunto de gotas de água que por fim pode interferir no comportamento humano (afinal, o ser humano é composto por mais de 70% de moléculas de água).
Mas essa questão de energia não é tão simples. Embora físicos insistam em mensurá-la, o ser humano é muito subjetivo e tudo que habita nele também. Às vezes me pergunto da onde vem aquela intuição ou aquela sensação única? Parece que existem imãs invisíveis que conectam alma com alma.
Para que o corpo sofra essa alteração é necessário ‘’deixar sentir’’.
Seria essa influência enérgica vinda da composição do corpo humano ou da alma? Ou de ambos?

Assim, a vida se torna um eterno efeito borboleta. O que se faz hoje refletirá amanhã.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Osama x Obama - Do Vilão ao Herói

Primeiro o casamento Real, depois a beatificação do Papa e por último a morte de Osama – notícias do final de semana que agradaram a população do mundo inteiro. E principalmente a última, que tal?
Osama Bin Laden foi o terrorista mais procurado nos últimos anos, foi o mentor do ataque de 11 de setembro, causador da morte de mais de 2.500 pessoas e um fanático altamente estratégico. Imagino que parte de seus objetivos ele deva ter alcançado, bem como deixado um legado de discípulos. Imaginem vocês o quanto este homem prejudicou a ‘’alma’’ dos EUA. Que até então eram a potência soberana, dotados de uma política inabalável e um patriotismo invejável. Todos queriam ser como os norte-americanos. E depois do ataque?
Existem aspectos principais que devem ser olhados com delicadeza em uma nação – um deles é fatal – IMAGEM. Querendo ou não é esta imagem que definirá o pré-conceito das pessoas que por sua vez influenciará o pensamento, e por fim influenciará a atitude.
Quando as pessoas deixaram de ver os EUA como o país perfeito, as coisas começaram a declinar. E como melhorar essa imagem? Como voltar a idealização?
Dez anos depois surge o fato de hoje e o aparente patriotismo restaurado nas imagens dos veículos de comunicação.
Embora a política do olho por olho e dente por dente tenha funcionado hoje, fico me perguntando qual será o próximo passo? A eleição nós já sabemos como será, mas e como ficam as pessoas que jamais terão os parentes e amigos de volta? Ou melhor, como ficará e mente daqueles que vivenciaram momentos de pânico e terror? Será que a dor será confortada com esta notícia? Embora acredite que não, eu realmente espero que sim.
E algo não sai da minha cabeça...

Uma vez lançado o pêndulo ele só tende a voltar com o mesmo impacto...

"Desde que alberguemos uma única vez o mal, este não volta a dar-se ao trabalho de pedir que lhe concedamos a nossa confiança." (Franz Kafka)