sexta-feira, 25 de novembro de 2011

A FANTASIA REAL

Estávamos conversando, eu e meu amigo, no calar da madrugada, quando surgiu uma discussão: Política e Religião.
Este assunto sempre me lembra uma passagem que li no livro ‘’O monge e o executivo’’, a qual o sábio monge do livro dizia: ‘’Eu não posso provar que Deus existe, assim como você também não pode provar que não existe’’. Essa frase me marcou.
Primeiro porque, independentemente de qualquer religião, eu acredito no significado fiel da palavra Religião. A qual significa uma re-ligação (do grego religare) do indivíduo com o corpo, alma e espírito. Seja a crença qual for. E queira você ou não dar o nome deste fenômeno para Religião, os nomes são pura ilustração da nossa consciência, a fim de explicar o inexplicável muitas vezes.
Bom, se está ligado com a falta de crença, com decadência da Igreja ou seja lá o que for, temos um fato no mundo. O aumento de psicopatologias, violência e tragédias. E a que razão isso ocorre?
Está ocorrendo um estímulo cada vez maior, pelo menos na sociedade ocidental, onde cada ser humano deve buscar seu próprio direcionamento. Isso tem muito haver com a questão liberdade, livre-arbítrio. Os sonhos que ocorriam no passado eram baseados em fantasias referentes a uma realidade inacessível, mas possível (escrever, dançar, atuar na profissão desejada, estudar), e que hoje já são palpáveis desde a infância na maior parte dos casos. Se não na vida real, pelo menos de uma forma virtual.
Essa facilidade, e a liquidez das relações, são preocupantes. Vejo que muitas pessoas que procuram uma ajuda psicológica reclamam da falta de sentido de suas vidas. Sentem-se muitas vezes tristes, perante uma sociedade que cobra uma felicidade constante. E aí o movimento passa a ser o contrário, o que antes vinha de dentro para fora (o desejo de se libertar), hoje aparece de fora para dentro. As pessoas já nascem tendo contato com o excesso de informação e a liberdade de expressão, e com isso demoram para perceber qual é realmente a sua própria essência, visto que a sociedade já injetou formatos no modo dela pensar, agir e sentir.
Portanto, as pessoas que se dão conta disso, acabam tendo que se afastar desta realidade para descobrir as próprias fantasias e desejos. E então, descobrir o tal do sentido da vida!
Eis aqui a importância de uma crença, seja ela qual for. Se esta faz com que a pessoa permita ser inundada por sua própria alma, ela será saudável.
Ao escrever essa passagem, lembrei de uma história linda que vou citá-la abaixo:
Um professor durante a sua aula de filosofia, sem dizer uma palavra, pegou um frasco de maionese e o esvaziou... Tirou a maionese e o encheu com bolas de golf.

Em seguida, perguntou aos alunos se o frasco estava cheio. Os estudantes responderam que sim. Então o professor pegou uma caixa cheia de pedrinhas e as colocou no frasco de maionese. As pedrinhas encheram os espaços vazios entre as bolas de golf.

O professor voltou a perguntar aos alunos se o frasco estava cheio, e eles voltaram a dizer que sim. Então... O professor pegou outra caixa... Uma caixa cheia de areia e a esvaziou para dentro do frasco de maionese. Claro que a areia encheu todos os espaços vazios, e mais uma vez o professor voltou a perguntar se o frasco estava cheio.

Nesta ocasião os estudantes responderam em unânime: “Sim!”

Logo após, o professor acrescentou duas xícaras de café ao frasco e claro que o café preencheu todos os espaços vazios entre a areia. Os estudantes nesta ocasião começaram a rir... Mas repararam que o professor estava sério, e disse-lhes:

            “QUERO QUE SE DÊEM CONTA QUE ESTE FRASCO REPRESENTA A VIDA”.

As bolas de golf são as coisas importantes: como a FAMÍLIA, a SAÚDE, os AMIGOS… Tudo o que você AMA DE VERDADE.

São coisas, que mesmo se perdêssemos todo o resto, nossas vidas continuariam cheias.

As pedrinhas são as outras coisas que importam como: o trabalho, a casa, o carro, etc. A areia é todo o resto, são as pequenas coisas.

“Se puséssemos primeiro a areia no frasco, não haveria espaço para as pedrinhas nem para as bolas de golf. O mesmo acontece com a vida”.

 Se gastássemos todo o nosso tempo e energia nas coisas pequenas, nunca teríamos lugar para as coisas realmente importantes.

Preste atenção às coisas que são cruciais para a sua felicidade.

Brinque ensinando os seus filhos,
Arranje tempo para ir ao médico,
Namore e vá com a pessoa amada jantar fora,
Dedique algumas horas para uma boa conversa e diversão com seus amigos,
Pratique o seu esporte ou hobbie favorito.

Haverá sempre tempo para trabalhar, limpar a casa, arrumar o carro...
Ocupe-se sempre das bolas de golf primeiro, que representam as coisas que realmente importam na sua vida.

Estabeleça suas prioridades, o resto é só areia...

Porém, um dos alunos levantou a mão e perguntou o que representaria então, o café.

O professor sorriu e disse:

“O café é só para demonstrar, que não importa o quanto a nossa vida seja/esteja ocupada, sempre haverá espaço para um café com um amigo”.




segunda-feira, 14 de novembro de 2011

A xícara de chá

O mestre japonês Nan-in concedeu uma audiência a um professor de filosofia.

Ao servir o chá, Nan-in encheu a xícara de seu visitante, mas continuou despejando sem parar.

O professor ficou observando o transbordamento até não poder mais se conter.
- Pare! A xícara está mais do que cheia, nada mais cabe aí.

Nan-in disse:
Como esta xícara, você também está cheio de opiniões e ideias.

Como posso mostrar-lhe o Zen, sem que antes você esvazie a sua xícara?