terça-feira, 23 de outubro de 2012

A universalização das imagens

A criança se encanta com a fantasia, com a cor, com o personagem, com a história. A criança não é uma portadora de valores e pré-conceitos, está com a mente aberta, engatinhando, como ela. Tudo é novidade.
As imagens podem atingir até aos mais sábios. Dentro das possibilidades da alma, uma imagem pode ser a porta de entrada aos sentimentos mais profundos e desconhecidos.
O que é percebido cortical-mente, nem sempre é o verdadeiro. Verdadeiro, aquilo que é belo, que se é!
Ser, ser, ser... O que significa? O que se é, dotado de significado.


“Todo ser é belo: se alguma coisa é, ela é bela”. (S. Tomás de Aquino)

Parece simples.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

O tempo...

O tempo passa,
Às vezes penso que ele corre,
Em tiros rápidos, em segundos.
A luta diária para concluir todas as atividades em menos tempo possível traz consigo a pressão do pensar rápido, agir depressa e por fim, esquecer de si próprio. Vivemos na Era da crise de prioridades!
Antes eu diria, quem me dera voltar no tempo e ser uma criança sem compromissos, mas hoje já não posso dizer isto. As crianças de hoje estão como os mini adultos que eram as crianças do século passado. Claro, com propósitos diferentes. Antigamente ser adulto significava ingressar no mercado de trabalho, enfrentar rituais, obter sucesso através de um caminho sofrido para si. Batalhar para conquistar.


Hoje vejo mais do que nunca o movimento do “adultizar” crianças, mas para qual finalidade? Para serem as mais novas consumistas e com isso contribuir para a economia capitalista?
Ontem passeando em frente ao colégio que estudei 10 anos de minha vida, lembrei-me de que ao acabarem minhas aulas não se passava 15 minutos e todas as crianças já estavam com seus responsáveis indo embora. No máximo duas ou três permaneciam junto com as “tias” do colégio porque os pais não tinham condições de ir antes. E para a minha surpresa, ontem estavam cerca de trinta crianças espalhadas pelo pátio aproximadamente às 19h.
Fiquei triste, ao perceber que quem estava impondo limites a essas crianças era o porteiro da escola e fiquei pensando, cadê os papeis desta sociedade? Será que o tempo nos engole tão rápido assim como o exercício dos papeis de ser pai, mãe, filho, parente, consumidor, profissional?
A mente humana sempre esteve aprisionada em regras sociais. Independente de qual época e cultura. Preocupo-me pensando em quais são as amarras de hoje?

E aí reflito o que já se pensava antes mesmo de Cristo existir...

“... é necessário, portanto, cuidar das coisas que trazem a felicidade, já que, estando esta presente, tudo temos e, sem ela, tudo fazemos para alcançá-la”. (Epicuro)