quinta-feira, 23 de junho de 2011

Ritmo Frenético

Há 23 anos eu nasci. Não existia Iphone, Blackberry e muito menos Ipod. Meu pai é do tempo que ter um celular daquele tipo `tijolo`, era a novidade do momento, acessório notório, pertence de pessoas solicitadas e importantes. E que anos depois não passou apenas de um entre milhões (número esse que chega a ultrapassar, pelo menos no Brasil, a população do país – sendo mais de 200 milhões).
Fico impressionada ao analisar o avanço da tecnologia, a ponto de nem mesmo fortificar um significado e logo surgir outro. Vejo essa como uma das dificuldades que novas tendências têm em se manter. Ao serem lançadas, cria-se uma expectativa, um valor, e logo depois este já é superado ou cai em desuso.
E o valor nesse âmbito acaba influenciando as relações interpessoais também. Afinal, se posso adquirir o novo e o melhor quando bem entendo, por que não trazer esse pensamento para os relacionamentos?
Eis uma sombra moderna da nossa sociedade.
Às vezes me pergunto - O que vamos pensar daqui 30 anos quando olharmos as notícias que abordam doentes mentais como bandidos, políticos como corruptos, legalização da maconha, aceitação da união estável entre gays, etc.?
Será tão absurdo quanto já foi um dia o racismo, a escravidão, a família patriarcal incontestável ou o feminino reprimido?
...
Embora se conteste muitas das leis atuais e formas de pensar. Elas são necessárias para a continuidade na formação de opinião e escolhas.

Porém, ao liberar todas as formas de pensar e agir ... Isso me remete a uma passagem da história Alice no País das Maravilhas:

Alice: Para onde vai essa estrada?
 Gato: Para onde você quer ir?

Alice: Eu não sei, estou perdida.
Gato: "Para quem não sabe para onde vai, qualquer caminho serve."

Um comentário:

  1. Esse post foi um tanto nostálgico e reflexivo para mim. Posso dizer que somos contemporâneos (sou de 87) e às vezes me surpreendo como velozmente tanta coisa mudou nesse tempo. Achei boa essa ponte entre tecnologia e relacionamentos pessoais, onde isso dará? E para remeter à passagem final, quem não sabe para onde vai, certamente se coloca em um labirinto (olha a mitologia, haha). O minotauro da vez são as dúvidas que atormentam o ser humano. Mudando de assunto, parabéns pelo blog, Nicole. Super relevante e propositivo, só peço desculpas pela minha inconstância nas visitas. Abraço!

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