Uma parte da raiva é compreensível, porque ela está relacionada com pessoas, com situações. Mas, quando essa camada superficial da raiva for removida, subitamente você chegará a uma fonte de raiva que de maneira nenhuma está relacionada com o exterior, que é simplesmente parte de você.
Ensinaram-nos que a raiva vem somente em certas situações tensas. Isso não é verdade. Nós nascemos com a raiva, ela é parte de nós. Em certas situações, ela aflora, em outras situações, ela está inativa, mas presente.
Assim, primeiro você precisa jogar fora a raiva que está relacionada com o exterior, e depois vem uma fonte mais profunda de raiva que não está relacionada com ninguém - aquela com a qual nascemos. Ela não é endereçada, e essa é a dificuldade de entendê-la. Mas não há necessidade de entendê-la. Jogue-a simplesmente - não sobre alguém, mas sobre um travesseiro, sobre o céu, sobre Deus, sobre mim.
Isso vai acontecer com cada emoção. Existe uma parte do amor que está relacionada com alguém. Se você for mais fundo, um dia chegará à fonte do amor que não é endereçado. Ele não está se movendo em direção a alguém, ele está simplesmente ali dentro. E o mesmo é verdadeiro com tudo o que você sente. Tudo tem dois lados.
Um lado, o inconsciente, o lado mais profundo, está simplesmente com você, e o superficial é o funcionamento dessa camada mais profunda nos relacionamentos. As pessoas que permanecem superficiais sempre esquecem completamente de seus tesouros internos. Quando você joga fora a raiva interior, você fica face a face com o amor interior, com a compaixão interior. O lixo precisa ser jogado fora para que você possa chegar ao mais puro ouro dentro de você.
Nenhum comentário:
Postar um comentário