Um vagalume, fazendo piscar sua luzinha ao anoitecer, olhou para o céu
e suspirou:
Ah, que mísera criatura que sou, com
essa luzinha acende-apaga! Quem dera eu tivesse o brilho fascinante das estrelas!
Mas lá no céu, encontravam-se as estrelas, pensando: Que majestosa é a
Lua, brilha soberana e única, enquanto nós, pequenas e infinitas, de tantas que
somos, nos confundimos, e qualquer fiapo de nuvem apaga nosso brilho. Como
seria bom ser a Lua!
Sozinha no seu posto, entretanto, a Lua se lamentava: Que injusta a Mãe Natureza!
Deu a mim essa luz pálida e ao Sol todo o brilho e esplendor! Eu é que merecia
ter nascido Sol!
Entrementes, chega a aurora,
rompendo as brumas e trazendo o Sol,
que suspirou: Ai que dura tarefa a minha! Ter que brilhar o dia inteiro, todos
os dias, ser fonte de luz e vida para todas as criaturas! E não posso falhar!
Quanto me pesa esse fardo! Ah, Natureza injusta! Por que não fui nascer um
simples vagalume?
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