E despertou um novo dia... Levantei cedo e liguei a televisão enquanto apreciava o meu café com leite amargo nos minutos que me restavam em casa. Porém, não bastando o amargo do café acrescentei ao meu dia as notícias da televisão.
Um canal falava sobre a nova droga do momento - Óxi, o outro sobre o escândalo na política brasileira e outro sobre a morte de um menino em SC que foi espancado. Sinceramente essa última notícia revirou o meu café, e por consequência o meu dia. Mas foi nela que eu foquei (mesmo tentando esquivar na consciência, o meu inconsciente não desfez as imagens).
Sortudos os que não ligaram a televisão neste mesmo dia, neste mesmo canal, e que não tiveram o desprazer de ver as cenas (mostradas sem cortes) chocantes da morte do rapaz.
E me veio aquela velha questão, o que determina um ser humano tomar essa atitude?
Tentei buscar os fatos na nossa história, pensei em culpar as doenças (muito mais fácil), achei que seria melhor pensar que se tratou apenas de loucura ou quem sabe tenha sido um aprendizado por algum modelo (jogos violentos quem sabe)?
Mas aí eu me lembrei de alguns detalhes, que em minha opinião, são os mais importantes e o que define um fato. O ato ocorreu por mais de 3 minutos, foram 5 adolescentes espancando um e ainda para finalizar o esfaquearam. Aos que não viram:
O ser humano tem o privilégio de ser o único ser com uma mente mais ‘’evoluída’’, a qual permite que este faça suas escolhas. Nosso cérebro, em uma explicação filogenética, é composto por 3 sistemas principais – Primitivo (herança dos répteis, representa a auto-preservação), Intermediário (conhecido como sistema límbico, responsável pelas emoções) e Superior (conhecido pelo neocortex e responsável por tarefas intelectuais).
Ou ainda, fazendo um paralelo com cérebro e psique. Nossa psique tem o formato de cebola (segundo Jung). Onde:
Independente das explicações técnicas gostaria de saber se a explicação para a violência está na ‘’camada’’ mais externa, no neocortex, onde a consciência prevalece, e os jovens no caso teriam premeditado e realizado o ato em plena consciência. Ou, se eles teriam sido tomados por forças das ‘’camadas’’ mais internas e com isso, exteriorizado uma série de Complexos armazenados?
Creio que, na mistura de alguns com seus Complexos e outros com o ato consciente de querer pertencer ao grupo e ser aceito, ocorreu uma contaminação nas idéias deste grupo e gerou uma obsessão coletiva – eliminando qualquer valor moral que já tenha ocorrido.
Se isto foi originado por fatores pré-existentes ou se foi agravado por fatores externos, ainda não podemos afirmar com a certeza e clareza. E o pior vem agora... O que fazer com estes adolescentes?
Será que tem o que fazer?
Quem sabe este não seja um tema para o próximo Post.
Infelizmente (ou felizmente) o ser humano não vem com um manual de instruções.
Casos como esse multiplicam-se pelo país. Há de se considerar, também, o papel da imprensa. Repercute o caso durante x dias, até que outro (mais "interessante") surja e tome as mentes das pessoas. Movimento letárgico.
ResponderExcluirOi nicole! É a carol, ano passado fiz parte do grupo de psicologia na igreja do cristo rei! Gostei muito do seu blog!! Muito bom mesmo!
ResponderExcluirVi essa notícia do espancamento, realmente acabou com o meu dia também... repulsivo! Concordo com as explicações tecnicas, essa mistura de complexos mais ou o fato de estar consciente para ser aceito em um grupo,.. e agora a duvida, o que fazer nestes casos ne
beijo
Douglas, a imprensa realmente cumpre bem o papel de ''alienadora'', mas ela tem os seus lados bons também... É uma pena que nós tenhamos contato somente com o problema e não com a solução.
ResponderExcluirCarol! Que bom saber que tem acompanhado o meu blog, além das minhas opiniões sempre procuro trazer um pouquinho da teoria da Psicologia que mais me encanta - Junguiana.
Obrigada pelo comentário!!
É interessante refletirmos sobre essa questão. Como combater o problema? Um dos pontos primordiais talvez seria rever os programas e propagandas da mídia, mas isso poderia diminuir a audiência, que, consequentemente, diminuiria o quantitativo econômico dos magnatas. Por isso que se prefere não mexer na raiz, apenas nos galhos.
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