sábado, 9 de abril de 2011

O equilíbrio dos Eus – Dionísio e Apolo

Que a dualidade existe é fato. Ela está presente no dia na noite, no céu e na terra, no amor e ódio, preto e branco, claro e escuro... São realidades que existem e acompanham a história do ser humano. É necessário que exista um para que seja percebido o outro. Assim como o homem precisa conviver com os outros para que seja percebida a sua existência.
O dia a dia é feito de paradigmas e dogmas. E cabe aqui um questionamento... Será possível afirmar que vivemos em uma sociedade dionisíaca, onde a idéia principal que se vive hoje é a da busca do prazer momentâneo, é o desejo sendo satisfeito e a minha possibilidade de poder escolher o que quero? Ou será que o ponto de vista apolíneo, onde é necessário existir um foco, um pensamento/razão, uma moral e verdade a serem seguidas, também está vigente? Claro que, se formos observar a grande maioria das pessoas, por exemplo, na sociedade ocidental (principalmente aqui no Brasil), o predomínio é de uma sociedade da era do prazer. Porém, também, a era do ter. Eu quero aquilo ou aquele, tenho aquilo ou aquele e sinto o prazer do TER (parecer ter). Tudo que se torna exagerado pede uma compensação de alguma forma. Essa é a ordem natural. Não há mal que nunca se acaba e nem bem que sempre se dure.
Vejo que a nossa sociedade de hoje está ‘’pedindo’’ ajuda. Esse pedido de ajuda pode ser notado na falta do sentido da vida, no número alto de suicídios (mais de um milhão de pessoas cometem suicídio a cada ano), doenças freqüentes e surtos em geral. Então, o que se vê hoje, é que por mais que uma pessoa tenha muito dinheiro e poder para adquirir todos os bens materiais, o outro lado dela está vazio - o lado existencial.
Portanto, não existe o modo certo ou errado, a sociedade assim ou assado. Existem os 2. Mas e o que fazer com esses pedidos de ajuda? Como fazer para que o ser humano recupere o reequilíbrio? Será este um problema de uma sociedade que universaliza padrões ou de uma que esqueceu os valores humanos e está com uma liberdade sem direção?
A partir do momento que eu não tenho uma direção a ser seguida, qualquer lugar que eu vá está bom.
E será que está?

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